Há situações no Brasil difíceis de debater. Desde que me entendo “por gente”, quando recebia as primeiras lições como aluno da Escola Estadual do 1º Caladinho/anexa à Universidade do Trabalho em Coronel Fabriciano-MG, percebi o Brasil vivendo os reflexos do atraso em resolver questões importantes e que nunca saem da retórica.
Ocorre nacionalmente uma campanha para a inclusão de jornalistas nos grupos prioritários do Plano Nacional de Imunização. É óbvio que o pleito é justo em função do trabalho de cobertura realizado pelos profissionais da comunicação durante a pandemia, sem perder de vista nenhuma outra pauta de abrangência coletiva.
O jornalista exerce a função mais nobre de defender a liberdade, a vida e os direitos fundamentais do ser humano. A atividade figura como essencial no Decreto Federal 10.288 de março de 2020. Os trabalhadores em comunicação em geral (estudo DIEESE) foram o terceiro setor com maior desligamento do emprego por causa de mortes na pandemia de Covid-19.
A categoria lançou a campanha, pasmem, com um abaixo assinado para garantir a vacina. Como assim? O Decreto, que deveria ser a própria garantia para a vacinação da categoria, caminha para um ano e meio da sua publicação. Os imunizantes estão atrasados pra todo mundo, e olha que anunciaram que tínhamos expertise em campanhas de grande amplitude. Está tudo uma várzea.
Outras coisas que não entendo neste país. Como está a luta em favor da vacinação para os garis? E mais? Como estão os cuidados com a sanitização de espaços públicos em nossas cidades? Quem parou para estudar o risco de transmissão por coronavírus em capacetes, principalmente os entregues pelos moto-taxistas a seus desavisados passageiros?
É melhor parar por aqui e ver que respostas encontraremos juntos.
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