Sabe aquele momento em que você tem certeza de aquilo que está ruim, vai piorar? Pois é, hoje acordei com uma sensação diferente, o que já piorou é pouco perto do que vai acontecer. Isso veio logo que acessei as primeiras notícias do dia.
Gente, esse Lázaro, definido pelo próprio pai como um monstro e criado por um padrasto também criminoso, ainda vai acabar virando filme no Brasil. Ah, esse país nosso, meu Deus, como procura um anti-herói. Numa reportagem da Record News (a culpa foi minha em clicar), pasmem, tenta analisar o psicopata como alguém que aprendeu sobreviver no mato se escondendo de um grande aparato policial.
Os caras chamam Lázaro de mateiro, caçador, homem que desenvolveu técnicas de sobrevivência e que se alimenta como pode e tudo mais. Veja a expressão usada pelo repórter: “O controle psicológico de Lázaro é o que dificulta” pegá-lo. Que isso? Que várzea. Daqui a pouco vão falar de algum superpoder do criminoso que teria o desenvolvido quando tomou um fora da namorada, ou ainda por conta de algo que havia nas maconhas que ele usava e por aí vai.
Prefiro ficar com a tese do psiquiatra forense Guido Palomba: “Lázaro Barbosa é irrecuperável para a sociedade”. Infelizmente o máximo de 30 anos de uma pena corporal não basta. Quando ele sair vai voltar delinquir, pois, a periculosidade de gente com essas deformidades não cessa nunca.
“Ninguém” fala mais das vítimas, de tanta dor e sangue derramado. Pelo contrário, o povo está fazendo humor negro: “Lázaro entrou no grupo” ou “só me entrego quando o Galo for Bi”, são alguns exemplos que circulam pelo WhatsApp.
E pode ficar ainda pior? Pense então no nome do filme após a saída do assassino.
- Lázaro de volta. Eles pagarão ou
- Lázaro serial killer – a lenda está à solta.
É meus amigos, esse Brasil não é mesmo para amadores.
Quer ver piorar o que era inimaginável? Lázaro, a Série, em breve no seu canal por assinatura.
Fui.
Comentários: